sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

HISTÓRIA DE VIDA DE UM COMBATENTE

Hoje trago-vos a “História”de um ex.Companheiro José Carlos Gabriel, que vai acompanhando as nossas publicações , mas que não é presença habitual nos nossos convívios. 
“Parte I” 
Amigo e ex-companheiro Jaime Ramos:
Aceitei o teu desafio pelo que vou proporcionar-te algumas informações.
Na realidade fui 1º cabo Operador Cripto na 2ª Companhia. (Nhala) tendo como companheiro o 1º cabo Operador Cripto Vítor Tojeira sendo
 Furriel Transmissões o José Cavaco Roque.
A minha chegada ao BCAC4513 e por conseguinte á 2ª CCAC foi um pouco atribulada.
 Quando assentei praça já era casado, fiz a recruta no (RI 7), a 1ª especialidade de escriturário no (RAL 4) “altura em que nasceu a minha única filha” ambos em Leiria, a 2ª especialidade Op. Cripto no (BRT) na Trafaria onde passei a 1º cabo em dezembro 1972 tendo transitado para a Defesa Nacional. Fui mobilizado pouco tempo depois já em 1973, mas não me deixavam sair sem ter um substituto, mas com a ajuda dos meus ex-camaradas lá me safei para não ter de passar a rendição individual. Segui então para o (RI 15) que me entregou a guia de marcha para a Guiné Bissau no TAM. Chegado aqui fui para os adidos e uns dias para o QG mais precisamente para a CHERET. Embarquei então num NordAtlas com destino a Aldeia Formosa (BCAC 4513). Aqui aguardei uns dias por uma coluna que me levou até Nhala. Nessa altura já todos estavam no território á algum tempo tendo eu sido o Pira da Companhia pelo que sei.
 Aproveitei todas as férias que me eram autorizadas de tal forma que em 1974 quando eu estava ainda de férias regressou o BCAC 4513 a Lisboa. Infelizmente não tive qualquer informação oficial do regresso, nem por intermédio do BCAC, nem da 2ª CCAC ou de outro qualquer organismo oficial, fui informado sim por um ex-camarada residente em Almada que telefonou a dizer para eu não embarcar porque tinham regressado e para me dirigir ao Quartel do Campo Grande em Lisboa fazer o espólio, estava já a uma semana de regressar á Guiné. Agradeço ao meu ex-camarada Vítor Tojeira eu ter recebido os meus pertences pois foi ele que se preocupou em fazer uma encomenda e enviar para os Adidos em Lisboa. Fiquei convencido que nós naquela guerra não passávamos de números e carne para canhão.- SEGUE



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