segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

ANO NOVO

Aproveitamos esta Data para vos envolver num Abraço Colectivo e desejar que o novo Ano venha "carregado" de muita SAÚDE e que preencha todos os vossos desejos.


domingo, 15 de dezembro de 2019

DEPOIS DO COMBATENTE

José Carlos Gabriel
O “CRIPTO DE NHALA”
Depois da Guiné 
“Parte II”

 A partir daqui segui a minha vida profissional com 3 alterações na carreira tendo todas dado certo. Natural da Cova da Piedade concelho de Almada, nascido a 01/11/1951, resido em Portugal mais precisamente na Amora concelho do Seixal desde 1975.
 Estou reformado desde 2012, viajo com alguma frequência para a Alemanha em média 3 vezes por ano “onde me encontro neste momento” país onde a minha filha acabou a licenciatura e escolheu para viver á perto de 25 anos, tenho dois netos que são tudo para o avô e avó, uma menina com 14 anos e um rapaz com 12 anos.
Infelizmente ou (felizmente) no dia 19/04/2019 sexta feira santa estava aqui na Alemanha tive um AVC e em 25 minutos estava na Unidade Cuidados Intensivos a fazer uma bateria de exames entre eles o Cateterismo e já tinham tudo preparado para fazerem uma cirurgia com a finalidade de parar o derrame o que se veio a verificar não ser necessário.
 A minha neta foi o meu “ANJO DA GUARDA” chamou logo uma vizinha, acompanhou-me na ambulância e hospital servindo de interprete. Estive 8 dias no hotel e o que me valeu para não ter ficado com sequelas (pelo menos visíveis) foi a rápida intervenção tanto do médico na ambulância como no hospital. Vou anexar uma foto recente de onde costumo fazer as caminhadas matinais em Portugal. Deixei de fumar (foram só 52 anos) e beber só mesmo água. Aqui deixo um grande abraço para todos os ex-camaradas com o desejo de UM SANTO NATAL na companhia de quem mais amam juntamente com muita saúde. 
Nota: Um grande abraço e obrigado pela partilha
 ( que será do conhecimento do pessoal com quem contactamos) Esperemos que recuperes e fiques bem de saúde (tanto quanto o possível) e se poderes e quiseres estaremos por aí em algum ponto do PAÍS.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

HISTÓRIA DE VIDA DE UM COMBATENTE

Hoje trago-vos a “História”de um ex.Companheiro José Carlos Gabriel, que vai acompanhando as nossas publicações , mas que não é presença habitual nos nossos convívios. 
“Parte I” 
Amigo e ex-companheiro Jaime Ramos:
Aceitei o teu desafio pelo que vou proporcionar-te algumas informações.
Na realidade fui 1º cabo Operador Cripto na 2ª Companhia. (Nhala) tendo como companheiro o 1º cabo Operador Cripto Vítor Tojeira sendo
 Furriel Transmissões o José Cavaco Roque.
A minha chegada ao BCAC4513 e por conseguinte á 2ª CCAC foi um pouco atribulada.
 Quando assentei praça já era casado, fiz a recruta no (RI 7), a 1ª especialidade de escriturário no (RAL 4) “altura em que nasceu a minha única filha” ambos em Leiria, a 2ª especialidade Op. Cripto no (BRT) na Trafaria onde passei a 1º cabo em dezembro 1972 tendo transitado para a Defesa Nacional. Fui mobilizado pouco tempo depois já em 1973, mas não me deixavam sair sem ter um substituto, mas com a ajuda dos meus ex-camaradas lá me safei para não ter de passar a rendição individual. Segui então para o (RI 15) que me entregou a guia de marcha para a Guiné Bissau no TAM. Chegado aqui fui para os adidos e uns dias para o QG mais precisamente para a CHERET. Embarquei então num NordAtlas com destino a Aldeia Formosa (BCAC 4513). Aqui aguardei uns dias por uma coluna que me levou até Nhala. Nessa altura já todos estavam no território á algum tempo tendo eu sido o Pira da Companhia pelo que sei.
 Aproveitei todas as férias que me eram autorizadas de tal forma que em 1974 quando eu estava ainda de férias regressou o BCAC 4513 a Lisboa. Infelizmente não tive qualquer informação oficial do regresso, nem por intermédio do BCAC, nem da 2ª CCAC ou de outro qualquer organismo oficial, fui informado sim por um ex-camarada residente em Almada que telefonou a dizer para eu não embarcar porque tinham regressado e para me dirigir ao Quartel do Campo Grande em Lisboa fazer o espólio, estava já a uma semana de regressar á Guiné. Agradeço ao meu ex-camarada Vítor Tojeira eu ter recebido os meus pertences pois foi ele que se preocupou em fazer uma encomenda e enviar para os Adidos em Lisboa. Fiquei convencido que nós naquela guerra não passávamos de números e carne para canhão.- SEGUE



terça-feira, 3 de dezembro de 2019

BOAS FESTAS

Estimados Amigos e ex.Companheiros
Queria aproveitar esta quadra para vos envolver num abraço colectivo de Amizade a todos com votos sinceros de um Feliz e Santo Natal na companhia das pessoas que vos são mais queridas.
Aproveito para desejar muita saúde e que o próximo ano vos traga Paz, Saúde e muito Amor dos que vos estão mais próximos.
Que a vida nos permita voltar a encontrar em
2020 - Penacova

sábado, 23 de novembro de 2019

"TRIBUNA DE MACAU"


Redemoinhos
Não sou esperto nem bruto,
Nem bem nem mal educado,
Sou apenas o produto,
Do meio em que fui criado. António Aleixo

E, o meu rio, sim, o meu meio é o Rio Mondego. Poderia ser outro, ou poderia nem sequer haver rio. Mas não, o feliz acaso quis que o meu rio fosse o mais belo. O mais belo e, para além disso, o maior nascido em território português.
Foi nas suas águas que aprendi a nadar, sem mestre, na represa da nora da Frida, árdua e solidariamente construída pela força de braços fortes dos compartes, espetando estacas a golpes ritmados dos maços, acompanhados de vozes de incentivo, cortando, entrelaçando tojos e sedimentando as camadas de mato com a areia retirada do fundo do rio às pazadas. (Nessa altura não havia fogos como hoje que as matas estavam limpas).
A montante da represa ficava sempre um fundão. Um dia, aí pelos meus 6 anos, quase me ia afogando, mas não, estou aqui por graça de umas braçadas desajeitadas, «á cão», como nós dizíamos.
Ou então porque, «Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo».
No verão, nas águas calmas do tempo de antes da Barragem da Aguieira apareciam, por vezes, redemoinhos que vencíamos mergulhando para o fundo dos poços. Nessa altura, nos meus dez, onze anos, já eu era batido nas lides ribeirinhas, designadamente na arte de apanhar barbos à toca.
Hoje está frio por cá, e recordo, em termos de balanço, que ao longo da minha vida todos os sítios onde vivi estão marcados pela proximidade do elemento água, sendo que a sua contemplação e os sons dos seus movimentos me tranquilizam e sossegam.
Depois da Rebordosa – aldeia natal - aconteceu Coimbra, aos 12 anos, para frequentar o Liceu, que o Externato Príncipe das Beiras, em Penacova, do saudoso Dr. Homero Pimentel, apenas lecionava até ao segundo ano. Coimbra e o Liceu Normal D. João III, primeiro, até ao 5.º ano, com o futebol no Campo de Santa Cruz e os primeiros namoricos no Jardim da Sereia. Depois, nos 6.º e 7.º anos, o Liceu D. Duarte e a travessia a pé da Ponte da Portagem, sobre o “Basófias” quase sempre seco no verão e transbordando as margens no inverno, para poupar os quatro tostões do bilhete de trólei. E, por altura das Festas da Rainha Santa Isabel, na primeira semana de julho, eram as noitadas no areal, debaixo da ponte, juntando-me aos conterrâneos que desciam o Mondego de barco, ao sabor da corrente, para participarem nos festejos, munidos dos inevitáveis farnéis e garrafões de vinho tinto. No regresso, era sempre o custo de fim de festa, com o puxar os barcos à sirga rio acima.
Mais tarde, durante o curso de oficiais milicianos na Escola Prática de Infantaria (EPI), em Mafra, o mar da Ericeira ao cair da tarde e a foz do Lizandro e o slide desde o alto da colina da margem esquerda até ao areal, em velocidade vertiginosa. Alguns talvez nem imaginem o prazer que é superar o medo.
E, depois uma recruta dada aos instruendos do Curso de Sargentos Milicianos, nas Caldas da Rainha, e a magnífica Foz do Arelho, na Lagoa de Óbidos à noite. Água, mais uma vez a água está presente!
De seguida, um gélido inverno em Tomar (formando batalhão para a Guiné) temperado por uns copos no Café Estrelinhas, olhando e ouvindo o murmurar das águas do Nabão, que na altura me soavam a lágrimas de mães.
Isto tudo, o que não é pouco, em apenas 21 anos de vida.
Na ida para a Guiné foram cinco dias a bordo do Uíge, o meu batismo de mar, e o deslumbrante espetáculo dos peixes voadores sobre o convés. E, na Guiné foram, ainda que a espaços, as intranquilas águas do Geba, em Bolama e em Buba, e do Corubal, no Saltinho.
Depois da Guiné, Coimbra e novamente o Mondego e a minha cidade eterna das tasquinhas de portas de batente, dos ramos de loureiro anunciando a chegada de vinho novo, de petingas em pasta de ovo, de iscas de fígado e de bifanas: O “Mija Cão”, o “Mija Gato”, o “Pinheiro”, o “Machado”, o “Costa”, a “Cova Funda”, o “Carvalho”, e tantos outros que ou já despareceram na voragem da modernidade ou na passagem dos anos na minha memória.
Nos idos anos setenta do século passado, aconteceram Espinho e Aveiro. E quantas sestas dentro do carro encostado aos paredões do molhe norte ou na Barra, embalado pelo som do bater das ondas nas pedras dos paredões?
 Era a idade do amor e do romance.
Depois Macau, o Rio das Pérolas nacarado e a Baía de Hac Sa ou a Praia de Cheok Van. Não sei que dizer hoje sobre Macau. São sentimentos confusos, de perda, agora que as vistas para o rio estão cada vez mais tapadas, as águas das praias poluídas e as liberdades vigiadas. Coloane foi, durante anos, o meu retempero emocional, no saudoso «Restaurante de Hac Sa», do amigo Norman, em companhia da «minha» garrafa de Dimple, o meu uísque da saudade, do qual aprendi a gostar na Guiné, a meias com o Old Parr.
E, já fez um ano que cá estou, feliz, de regresso ao meu chão de raiz. A vida é isto mesmo, redemoinhos e calhaus rolados pelas águas correntes, sempre em movimento. Carpe diem, amigos, que, cada vez que parte um de nós, sinto que a vida é curta.

Por:
Marques da Silva
Ex.Alferes Miliciano da 3ª Companhia

ANIVERSÁRIOS



quinta-feira, 21 de novembro de 2019

KM.


“Medida aos Quilómetros”
António Oliveira Tavares
Enfermeiro – 1ª Companhia
Válega – Ovar
Mais um que me “faltava” identificar, nunca consegui ligar o nome á imagem, com a ajuda do Estima e do Rodrigues “chegamos” lá. Também “cliente” habitual dos nossos Encontros Vamos esperar por ele em Penacova


“Medida aos Quilómetros”

Isequiel Fernandes Tavares
Mecânico – CCS
Valongo do Vouga - Águeda
Outro dos “repetentes” que me faltava “ligar” tem aparecido com regularidade nos nossos convívios sempre acompanhado pela esposa, vamos esperar por ele em 2020


“Medida aos Quilómetros”
António José Lopes
Soldado – 1ª Companhia
S. João da Pesqueira
Admito que não ligava o nome á imagem, figura com presenças regulares nos nossos Convívios, vamos esperar por ele em
2020






terça-feira, 19 de novembro de 2019

IDENTIFICAÇÃO

IDENTIFICAÇÃO
Fico a aguardar que alguns de vocês me possam ajudar na IDENTIFICAÇÃO.
Um número – um Nome.
Vou ficar a aguardar o empenho de cada um de vocês



segunda-feira, 18 de novembro de 2019

IDENTIFICAÇÃO


IDENTIFICAÇÃO
Como vai sendo habitual, venho á anos a “sustentar” esta página com publicações/partilhas/ imagens para vos continuar a “prender” aquilo que nos “juntou” em 1973.
Não me sendo possível “ligar” todas as imagens ao nome, venho “mobilizar” alguns de vocês que nos seguem nestas páginas para ver se conseguimos fazer essa ligação.
Vou publicar fotos de ex-companheiros que habitualmente frequentam os nossos convívios e dos quais não faço relação nome/imagem
Fico a aguardar que alguns de vocês me possam ajudar na IDENTIFICAÇÃO.
Um número – um Nome.
Vou ficar a aguardar o empenho de cada um de vocês




quinta-feira, 14 de novembro de 2019

KM

"Medida aos Quilómetros".
Carlos Manuel Borges de Pinho
Alferes Capelão - CCS
Válega - Ovar
Embora com algumas "falhas", vai participando nos nossos Convívios, vamos aguardar por ele em 2020.



“Medida aos Quilómetros”

Abílio de Castro Costa
Condutor auto – 3ª Companhia
S. Clemente – Caldas das Taipas
“Militante” convicto dos nossos convívios, um dos presentes desde a Mealhada, participa e mobiliza o Barbosa e o Inácio para estarem presentes e com quem tem uma relação muito próxima. Vamos aguardar que a saúde permita tê-lo em Penacova.



“Medida
aos Quilómetros”

Tibério Jesus Barros
Alferes – 2ª Companhia
Mealhada
Muitas falhas, aparece menos vezes do que desejávamos aguardamos que se regenere e volte sempre que quiser e a saúde lhe permita. A jogar em “casa” em 2020 esperemos que não falte em Penacova.


“Medida aos Quilómetros”
Manuel Antunes Rocha
Soldado – 1ª Companhia
S. Mamede de Este - Braga
Tem mantido alguma regularidade, falhou em Fafe sem sabermos porquê, esperemos que 2020 seja ano de regresso com muita saúde.





sábado, 9 de novembro de 2019

KM


“Medida aos Quilómetros”
Paulo Artur da Costa Silva
Furriel – 3ª Companhia
Queluz – Lisboa
Um dos mais presentes, não me recordo de qualquer falta nestas iniciativas, dá sempre um complemento com a sua satisfação durante os ENCONTROS. Um dos mais próximos, vivíamos em quartos separados, mas uma vivência “familiar” e diária tornou-nos Amigos para a Vida. Faço votos que tenha muita saúde e na companhia da esposa vá aparecendo com o mesmo sentido familiar com que nos tem presenteado aos Amigos e respectivas Companheiras.

“Medida aos Quilómetros”

Domingos Moreira de Castro
1º Cabo – 3ª Companhia
Arrifana
Um dos mais assíduos, desde a Mealhada que tem estado connosco. Um exemplo da verdadeira “Militância” que nos tem unido desde 2009, faz-se acompanhar pela esposa e filha mantém uma relação de grande proximidade com todos os participantes dada a antiguidade na sua participação. Esperemos que esteja presente em Penacova.

“Medida aos Quilómetros”
Joaquim Jesus Marques
Condutor – 3ª Companhia
Santa Catarina – Caldas da Rainha
É uma das “presenças” mais antigas, não consigo precisar quando foi a primeira, mas tornou-se um “militante” assíduo, faz-se habitualmente acompanhar pelo Inácio (cozinheiro) com o qual reparte a viagem, o Beja aproveitou uma boleia deles para chegar até nós em Aveiro.
Grande ligação aos condutores das várias Companhias com quem tirou a especialidade. Esperemos mais uma vez a sua presença em Penacova.


“Medida aos Quilómetros”
Manuel Ribeiro Castro
Corneteiro/ bar dos Sargentos – CCS
Guimarães
Apareceu mais tarde, creio que o primeiro foi em Ponte de Lima, tornou-se um “cliente” habitual e quis dar o seu contributo na organização do encontro em Guimarães. A forma como se empenhou leva-nos a crer que estará nos próximos assim a saúde o permita. Vamos esperar por ele em PENACOVA.

 “Medida aos Quilómetros”
Serafim Silva Moutinho
Furriel – 3ª Companhia
Águas Santas - Maia
“Periquito” chegou em rendição individual para “reforçar” o “plantel” depois das baixas que fomos sofrendo no percurso da nossa missão. Integrou-se facilmente na “equipa” embora as coisas estavam mais calmas aquando da sua chegada.
Demorou a “integrar-se” nos convívios até apanhar o vicio e depois tem voltado sempre. Vamos contar com ele em PENACOVA  

“Medida aos Quilómetros”

Manuel Augusto Vicente
Furriel – 3ª Companhia
Mortágua
Mais um “periquito” que chegou para reforçar as “tropas” depois das “baixas” sofridas, integrou-se com facilidade, bom companheiro, amigo e impunha algum rigor nas “missões” que lhe eram atribuídas.
Difícil a “mobilização” para os nossos Convívios, esperemos tornar mais consistente a sua assiduidade nos reencontros com os ex-companheiros. Quase a jogar em casa em 2020, vamos esperar a sua presença.






KM


“Medida aos Quilómetros”
Américo Azevedo Costa
Soldado – 3ª Companhia
Milheirós – Maia
Com um “percurso” quase “incólume” em presenças, falhou em Fafe por razões que achamos terem sido de saúde. Faz-se acompanhar pela esposa, filho e nora o que ainda valoriza mais a sua presença. Fazemos votos que os motivos da sua ausência estejam ultrapassados e que apareça em Penacova.

“Medida aos Quilómetros”

José Manuel Duarte Montez
1º Cabo Mecânico – 3ª Companhia
Santarém
Uma das “figuras” mais presentes, mas mesmo assim com algumas falhas. Faltou em Fafe e falhou com o compromisso assumido. Desisti-o em cima da hora o que não abona nada a “militância” a que todos nos sentimos obrigados. Vamos contar com ele em Penacova.
 “Medida aos Quilómetros”
José Mota Vieira
Furriel – 3ª Companhia
Cacia – Aveiro
Se falhou, não me recordo. Um dos impulsionadores destes “eventos” que vive com toda a intensidade. Foi a partir de uma publicação sua na Internet que acabamos por ligar o fio condutor que nos proporcionou os primeiros contactos e as primeiras iniciativas. Organizou o “pontapé de saída” onde se “juntou” o primeiro Grupo Organizado do pessoal do Batalhão.
“Periquito” apareceu como outros em rendição individual para substituir as baixas de Nhacoba. Bom companheiro e mesmo sendo um dos “novatos” facilmente se integrou no grupo a que se veio Juntar. Com votos de muita saúde, vamos aguardar por ele em 2020.


“Medida aos Quilómetros”
José Ramos Duarte (Manito)
Transmissões – 3ª Companhia
Mata Mourisca – Pombal
Apareceu pela primeira vez em Fafe. Julgamos que com a satisfação e alegria com que viveu o momento, irá repetir em Penacova. Mobilizou dois companheiros e ficou de “arranjar” mais um ou outro contacto. Esperemos a mesma vontade de se juntar ao pessoal. 








sexta-feira, 8 de novembro de 2019

A idade vai passando…


A idade vai passando…

Olha estas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e das fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos.
 Olavo Bilac, poeta brasileiro (1865-1918).

            Sim envelheçamos calmamente em comunhão com a natureza, onde ela ainda não foi destruída pelo homem. Por mim, já cá estão 68 e, nesse dia, plantei uma pequena oliveira no jardim do meu escritório para a olhar todos os dias, para a ver crescer e me sentir vivo e activo.  
             E, recordei que já fez um ano que deixei Macau. O balanço tem sido positivo, que o dinheiro não é tudo na vida, nem se leva para a cova, embora haja muita gente que parece pensar que sim.
            Velho? Sim, se entendermos que velho é o indivíduo de idade avançada, aquele que teve a felicidade de lá chegar, o ancião. Aquele que teve tempo de aprender com os erros próprios e, também, com os alheios e que, em tempos idos, era merecedor de respeito e que, com uma vida profissional longa, transmitia os seus conhecimentos da arte aos mais novos que nela se iniciavam. Isto nos velhos tempos em que os cabelos brancos mereciam respeito. Hoje assenta-se praça em general e a ignorância sempre foi muito atrevida. Trapo, como hoje os «economicistas» querem tratar aqueles que são jovens há mais tempo, isso nunca! Antes a morte que tal sorte.
             Penso. Sim cada vez gasto mais tempo a reflectir sobre a vida futura dos meus filhos; netos infelizmente ainda não tenho. Que sociedade esta? Para onde caminhamos? Que mais ainda nos espera? Que gentes estas que se agacham e se acomodam, indiferentes perante as injustiças e a supressão das liberdades? Que descontentes estes que, quando se manifestam, não propõem nada que mude a vida para melhor e se limitam a destruir, a vandalizar, sem nexo, bens e ideias alheios? Será que caminhamos para o niilismo? Que futuro nos espera onde tudo será digital e até a maior inteligência será artificial? Será que ainda haverá lugar, na sociedade virtual, para o sentimento, para o amor, para as emoções, ou será que, transformado em robot, o homem se verá privado dos direitos humanos mais elementares? As nuvens actuais são densas, mas não posso deixar de ter esperança em que os jovens saberão construir um Mundo melhor.
           E, perante tanta incerteza, para aqueles que, como eu, vivem a derradeira etapa, sobremaneira para os meus camaradas de armas na Guiné, termino com versos de Angelita Furtado, imortalizados na voz de Roberto Carlos: «diante do que sinto.../olhando seus cabelos tão bonitos/ beijo suas mãos e digo/meu querido, meu velho, meu amigo».

Por :
Marques da Silva
Ex.alferes miliciano 3ª Companhia