domingo, 4 de setembro de 2022

FURRIEIS 2022

 


FURRIEIS 2022

 Mais um ano, mais um convivio entre Amigos (Ex.Furrieis do Batalhão 4513) que a vida juntou á 49 anos para cumprir o serviço militar na Guiné. Infelizmente não estamos todos, uns por razões de agenda (Paulo Silva e o Manuel Vicente Armanda Vicente) outros que não fazem questão em estar presentes (Azevedo - Luis Calada - António Calada - Carvalho -Lopes) e para muita tristeza nossa os que definitivamente "partiram para outra dimensão" (Adalberto Silva (Becas) o Rui Pedreira e o Fernando Cunha (Pina). A vida habituou-nos a ser perseverantes é assim que queremos continuar a ser enquanto a saúde nos permitir. Prometemos "juramento" ao principio da Amizade cimentada em "terrenos" pouco propicios , assim nos manteremos até que a vida nos vá separando. Para o ano será em Braga e o Manuel Augusto Alves vai assumir o comando.



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sábado, 6 de agosto de 2022

UMA ESCOLA PARA BUBA

 "Novas" de Buba.

Junto algumas fotos de voluntários da missão levada a cabo pela Paróquia da Nossa Senhora da Ajuda - Espinho
BUBA -2022
Uma Escola para Buba com "uma pequena" participação de alguns donativos de pessoal do Batalhão 4513. Em breve mais noticias em pormenor. Neste momento o Padre Artur Pinto e a sua "equipa" de voluntários estão em Buba. Daqui o meu agradecimento ( em nome do Sr.Padre e dos "miudos" ) aos que carinhosamente deram o seu contributo.






quinta-feira, 14 de julho de 2022

E O TEMPO PASSOU

 Guiné 1973/74 - Batalhão Caçadores 4513

Aldeia Formosa - Nhala - Buba - Mampatã - Colibuia - Cumbijã

As várias fases da nossa vida levou-nos a encarar as mesmas situações de forma diferente.

Aquando a nossa presença por Terras da Guiné nem sempre valorizávamos o que se passava á nossa volta ( E nem sequer estou a falar da “guerra”) falo da “luta pela sobrevivência daqueles “garotos” que sem culpa alguma eram os que mais sofriam as agruras de uma “Guerra” em que sofreram os locais e a “tropa” enviada pelo regime para Não se sabe bem para QUÊ.

“Pontapeada” a nossa juventude que por lá “queimamos” , fizemo-nos homens mais cedo, outras preocupações se apoderaram de nós ( Trabalho - casamento - Filhos) a pulso cada um de nós lá se desenvencilhou da maneira como pôde, fomos envelhecendo sempre a pensar no futuro (nosso) primeiramente e depois nos sucessores, que encarreirados lá se fizeram á VIDA. Hoje a “velhice” para uma grande maioria de nós passa essencialmente pela preocupação pelos Netos; queremos continuar a fazer o melhor que sabemos e podemos para que tenham a melhor comodidade possível.

ISTO TUDO PARA QUÊ ?

Vou voltar aos nossos tempos vividos na Guiné e aos “miudos” que connosco conviviam no aquartelamento. Embora o regime fascista de Salazar / Marcelo facultava alguma autonomia ás populações locais através de Emprego como militares e prestadores de serviços no quartel aos quais atribuia um “ordenado” e um saco de arroz (mês)para ajuda do sustento familiar.

Mais que nunca agora (pelos nossos Netos) recordo com enorme tristeza a pobreza e as necessidades básicas daqueles “putos” que á saída do refeitório e com os mais variados tipos de vasilhame recolhiam os restos da “intragável” comida servida ás refeições das nossas tropas. 

Eu sei que muito provávelmente hoje faltará muitas coisa, comida talvez não se quiserem trabalhar, mas naquele tempo nem isso lhes era possível pois viviam em terrenos controlados pelas nossas tropas para sua proteção e nem aos campos de cultivo podiam chegar. Pois a minha (nossa) IDADE ás vezes (muitas vezes) dá-nos para rebobinar a cassete e transcrever a preto e branco história do nosso passado, talvez mais sensíveis porque a “meta” aproxima-se” e não devemos deixar nada por dizer ou fazer.

Como muitos de vocês se têm apercebido envolvi-me emocionalmente nesta ajuda á Paróquia de Espinho e para a MISSÃO que estão a levar a cabo em BUBA , terra que quase todos nós conhecemos bem.

SE PODEREM, AJUDEM - Aquelas crianças de então serão concerteza hoje Pais ou avós que esperemos não tenham a mesma sorte doutrora.

Com um abraço Amigo

Ramos

Ex.Furriel da 3ª Companhia.

 


 

 

 

segunda-feira, 4 de julho de 2022

O Emigrante

 Hoje trago um dos maiores defensores dos nossos Convivios. Esteve sempre presente desde 2009 e conduzio a organização do Convivio em Folgosinho juntamente com o saudoso Basilio. 

O nosso camarada Antonio Brazete - 1º Cabo da 3ª Companhia. Natural de Folgosinho, fez grande parte da sua vida por terras de França, hoje reformado partilha a vida entre a terra Natal e a terra de adopção.

 A esposa Rita Brazete, sempre o acompanhou nestas andanças e cumpre devidamente a papel de "madrinha de guerra".

 Aos dois votos de muita saúde e que nos acompanhem por muitos anos.



domingo, 12 de junho de 2022

CONVIVIO 2022

 Acabado 2022, vamos começar a pensar como vai ser 2023. Reuniramse ontem as "tropas" do Batalhão 4513 depois de 2 anos de "INVERNIA" originada pela Pandemia. Como o prometido pela organização, decorreu em estreita Amizade e Animação o XII Encontro do nosso Batalhão. Talvez um dos maiores, mesmo faltando "muitos dos habituais" que por razões várias não poderam estar presentes. Apesar do calor o serviço correu como o esperado, merecendo até muitos elogios do pessoal presente. De nossa parte tudo fizemos para que assim fosse, saímos deste com a consciência tranquila e Esperemos que 2023 estejamos todos em "forma" para festejarmos o CINQUENTENÁRIO. Aguardem noticias e vamo-nos vendo por AQUI.



domingo, 5 de junho de 2022

METEOROLOGIA

 Ex.mos Camaradas e Amigos

Chegada a hora de "fecharmos contas" e na expectativa que tudo decorrerá dentro da normalidade até ao próximo sábado, hoje mesmo vai ser transmitido à Quinta da Nora o número de presenças até agora confirmadas.
Poderão haver ainda alguns ajustes de última hora (acontece sempre) mas daremos hoje por terminado a convocatória para os "faltosos"
Como já referi em outras publicações, não sendo a maior concentração de ex.militares, estará muito perto das melhores.
Aproveito para informar que o Boletim meteorológico vai ser nosso Amigo oferecendo uma temperatura agradável e tempo harmonioso para quem se deslocar para Penacova. Desejamos a todos uma ótima viagem/estadia e lá nos encontraremos.



sexta-feira, 3 de junho de 2022

RECORDAÇÕES

 QUASE 50 PRIMAVERAS

A Recordação permanece e daqui a alguns dias vamos-nos reunir em mais convivio de Ex.Combatentes do Batalhão 4513

PENACOVA 2022

Uma parte da nossa história escreveu-se mais ao menos assim

Com um abraço sincero a todos os que por cá andam e muita saudade daqueles que “partiram” 

Depois do treino operacional em Bolama, durante os dias 28 e 29 de Abril de 1973, chegaram aos locais de destino as companhias do Batalhão 4513.

A C.C.S. e a 3ª Companhia seguiram para Aldeia Formosa a 2ª Companhia em Nhala e a 1ª Companhia em Buba.

Começavam a fazer parte do nosso dicionário os nomes de MAMPATÁ, COLIBUIA, CUMBIJÃ, NHACUBA e os primeiros dias de grande expectativa quanto ao desenrolar dos acontecimentos.

A recepção foi apoteótica quer pela população, mas muito em particular pelos “velhinhos” que íamos render e que estavam a ver o final da sua “missão” ali tão perto o que infelizmente não veio acontecer tão cedo como queriam.

Horas de muitas brincadeiras, aproveitando os “VETERANOS” para brincar com a nossa inexperiência e até algum “CAGAÇO” dada a facilidade com que se movimentavam e usavam o á vontade que o tempo ajudou a moldar á realidade que nós não conhecíamos.

Entraram nas nossas conversas nomes como, “CORREDOR DE GUILEGE”, CORREDOR DE MISSIRÁ, UNAL, XIME – XITOLE, UNAL” e muitas outras que muito provavelmente todos se recordarão (?)

Para avivar memórias acrescento que as populações eram em grande maioria de Etnia Fula, e estavam em zonas envolventes aos quartéis.

Em Aldeia Formosa a população civil rondava as 4.000 Pessoas,Mampatá , andariam pelos 800

Em Afia mais ou menos 300, sendo que em NHALA e BUBA, PATE EMBALÓ e CHAMARRA eram quase só familiares dos militares Africanos.

Iria começar o nosso calvário, primeiro com a ajuda dos “VELHINHOS” e depois por conta própria.

A todos os companheiros e Amigos que lerem esta mensagem faço votos que tenhamos a possibilidade de LER e reescrever a nossa HISTÓRIA durante muitos anos.

Permitam-me envolver-vos a todos num abraço colectivo e:

EU, VOU DANDO NOTICIAS.

Ramos.

 

terça-feira, 17 de maio de 2022

17 MAIO DE 1973

 DIA 17 DE MAIO DE 1973

“BALANÇO FINAL”- DESTINO NHACOBA

Trago-vos mais uma vez à vossa recordação um dia que permanece nas nossas “memórias” cujas vivências mais “dolorosas” e das consequências todos estaremos recordados. Escuso-me naturalmente a descrever sobre as emoções vividas e sentidas, por me sentir incapaz de escrever sem falhas o que aconteceu.Aproveito a oportunidade de transmitir o quanto eu sofri e tantos outros companheiros sofreram com vocês e por vocês Companheiros e Amigos e o prazer enorme que tenho em continuar (continuamos) a DESFRUTAR da vossa amizade que esperamos perdure por muito mais tempo e todos esperamos que seja reciproca.

A todos os companheiros do Batalhão que em cada local, cada dia, cada hora deram uma vivência e um sentido de amizade e solidariedade que nos unia nas horas boas, mas muito particularmente nas horas de “AFLIÇÃO “e que sempre tiveram uma mão amiga para apoiar o PRÓXIMO. Habituamos-nos a esta forma de estar que tenho a certeza nos moldou para a vida que aí vinha. Por isso a todos os ex. companheiros que passaram por este e outros acontecimentos, daqui vai um abraço e votos que a vida lhes vá proporcionando o melhor que ela tem. Não posso nem devo esquecer os que entretanto já partiram, deixando o “grupo” mais fraco mas com uma vontade enorme em ir recordando ano após ano nos “Convívios “ que vamos organizando:

Permitam-me referenciar os companheiros que nesse dia sofreram na “pele” as agruras de um “combate”.

Adalberto Costa Silva, Filipe Manuel Ferreira Gonçalves, Manuel Augusto Ferreira Alves, Manuel Fernandes Carvalho , João Orlando Ferreira Figueiredo e Armando Cardoso Soares.

Porque eu estive lá, vivi todos os acontecimentos de forma intensa, passados estes anos e chegada a hora do amadurecimento e da revisão dos acontecimentos continuo a querer partilhar com todos a minha

SINCERA AMIZADE.



segunda-feira, 9 de maio de 2022

EMENTA - PENACOVA

 Na continuação da logistica que estamos a montar, insere-se como não podia deixar de ser a EMENTA que escolhemos para "presentear" os CONVIVAS. Queremos proporcionar o melhor possível para que todos saiam satisfeitos do REENCONTRO. Esperamos com a nossa escolha agradar ao maior numero de convidados possível. Estamos disponíveis para ??????



domingo, 8 de maio de 2022

PENACOVA 2022

 Estamos a recuperar o tempo perdido neste 2 anos de pandemia. Como a obrigação de fazermos o "melhor que está ao nosso alcance" Juntamo-nos ontem em Penacova para tratar da Logistica junto das entidades que vão intervir no nosso ENCONTRO 2022 de forma a que todos os convidados se sintam bem. A escolha da Quinta não podia ser melhor, amplos espaços verdes com a respectiva piscina, facilidade de estacionamento e um serviço que esperamos seja de agrado de todos. Pela primeira vez sem o meu Companheiro de sempre nestas andanças (Becas) convidei o Serafim Moutinho e. Furriel da 3ª Companhia para me fazer companhia neste processo que em conjunto com o Ex.Alferes Marques da Silva levaremos a efeito o reencontro de camaradas que trilharam os mesmos caminhos na Guiné. Esperemos e iremos fazer para proporcionar o melhor acolhimento possível para juntarmos aos sucessos anteriores. 

Com um abraço continuamos á espera dos indecisos.



quinta-feira, 28 de abril de 2022

MOBILIZAÇÃO

 Para além dos Camaradas que a o destino “roubou” dos nossos convívios, muitos outros têm vindo a desmobilizar conforme os anos se vão passando. Sei que alguns estarão ausentes por razões de saúde (seus ou familiares). Outros simplesmente sem razões aparentes a não ser porque sim.  

 Todos, e não somos tantos que um que seja empobrece sempre a nossa “celebração” á vida.

Um entusiasta dos nossos encontros e que ultimamente está desaparecido
mas vamos tentar mobiliza-lo.
Domingos da Silva Faria - 3ª Companhia.

 


domingo, 24 de abril de 2022

25 ABRIL

Palavras para quê ? todos nós sabemos a importância desta data teve para nós e para o País. 

Aproveito a oportunidade para recordar todos os Camaradas que entretanto lá como cá foram "partindo" para outras dimensões. Um abraço aos que por cá andam





quinta-feira, 21 de abril de 2022

APELO

 

Aos atrasados e interessados a estarem presentes no encontro de PENACOVA.

Na impossibilidade de comunicar com todos os que por lá andaram, pois não temos contacto da Grande Maioria dos Camaradas que percorreram os mesmos trilhos na Guiné, venho mais uma vez fazer o apelo a todos os que nos habituaram á sua presença e ainda não fizeram a inscrição e tenham capacidades físicas para estarem presentes, que o façam o mais breve possível para sabermos objetivamente com quem contar.

Todos nós saberemos que a decadência física nos vai afastando cada vez mais destas iniciativas, não teremos muitas mais oportunidades para juntar as “tropas” por tudo isso vamos aproveitar o que falta na vida de cada um de NÓS. Ficamos á espera das vossas decisões.



terça-feira, 29 de março de 2022

Mobilização

 Registamos com alguma satisfação o numero de inscritos, muito longe do pretendido, mas "crentes" que este poderá ser um dos maiores até agora realizado. Tristes por muitos "HABITUAIS" ainda faltarem á chamada, mas desdobraremos os esforços para os que tiverem saúde estejam presentes. Como pela boca "morde o peixe" talvez com uma "amostra" dos que nos espera. Talvez abre a vontade para se inscreverem. Assim esperamos. 

NOTA: Este ano teremos "RECRUTAS" novos.



quarta-feira, 16 de março de 2022

EMBARQUE

 16 de Março de 1973

Embarque para a Guiné

Estava repleto o navio e os militares amontoavam-se nos locais mais improváveis na ânsia de serem vistos pela multidão de familiares (os que lá os tinham) que se despediam a partir do cais. Era uma cena já por todos conhecida, militares e famílias, que ao longo dos anos foram acompanhando pela televisão e pelos jornais.

No que me toca, e como não tinha ninguém a acompanhar, mais não fiz do que dar o lugar nas “filas” da frente aos que tinham essa possibilidade, retirei-me para a retaguarda, isolei-me intencionalmente e comecei a sentir o barco a inclinar com o peso de todos os que queriam estar na “borda” e a despedirem-se dos seus familiares, os lenços a acenar e o barco a apitar que se apoderou de mim uma fria sensação de uma realidade de ida sem a certeza da volta. Chorei, lembrei-me de todos os que me eram queridos.

E perante tanta insistência das lágrimas recolhi ao camarote que me estava destinado e lá continuei a “carpir” mágoas que só foram minimizadas com o “regresso” dos meus colegas a quem me competia dar um sinal de “fortaleza” para minimizar a tristeza que se apoderou em cada um de nós. Estava ali a começar uma odisseia, uma aventura no desconhecido, mas que todos sabíamos que haveria de ter um fim, só podia ser o regresso, não sabíamos era como. Afinal, estávamos a partir. E não tinham partido milhares de outros antes de mim? Voltei à realidade. Com dois ou três roncos, o navio fez-se lentamente ao meio do Tejo e desceu para a foz. Cada vez eram mais impercetíveis os acenos no Cais da Rocha. (...)

Começava uma aventura que para muitos, tínhamos consciência disso, não teria regresso……

Aproveito para enviar a todos os ex. Companheiros que lerem estas minhas “recordações” votos de muita saúde e vamo-nos “vendo” por Aí, e como nunca esqueço os AMIGOS, aproveito par relembrar os que “partiram”, deixando as “tropas” mais enfraquecidas.   

 

Arranjo do texto de Jaime Ramos